Verus Amor, Aeternus Amor...

Esse post é, na verdade, um e-mail que mandei pra tentar ajudar/consolar um amigo que acabou de terminar (ou melhor, terminaram com ele) um namoro de 5 anos por uma bobagem totalmente sem sentido. Como acho que, dessa vez, consegui escrever num texto só tudo o que sei e acho sobre o assunto (baseada tanto em livros, artigos, palestras e sites quanto em experiência própria e alheia), resolvi postar só pro caso de uma certa amiga minha vir me pedir conselhos sobre o mesmo assunto em pouco tempo (I can see that coming...), questão de praticidade e rapidez - mentira, não quero é ter que digitar tudo de novo! XD
Claro que cortei a parte em que analiso exclusivamente o caso dele (dissecando frases e atitudes de ambas as partes) e pulei direto pra minha análise abstrata do tema. Leia se tiver coragem (e paciência, porque dessa vez larguei o dedo! XD):

"Não sei se você sabe, mas a paixão, que é o sentimento que temos no início dos relacionamentos (não confundir com paixonite, sentimento fugaz que temos com relação a pessoas que conhecemos pouco mas que “encaixam” com a gente, podendo ter havido contato físico ou não, melhor definido como “encantamento” – pode até evoluir pra uma paixão, mas é mais comum acabar em alguns dias se não virmos a outra pessoa) e que costuma acabar por volta do 4º ano de relacionamento, caso em que ou não se tem mais sentimento algum pela outra pessoa (claro, consideração e amizade não estão incluídos, podem permanecer, mas definitivamente desejo é algo que some junto, só pra dar um exemplo) ou acaba a paixão e fica o amor. Esse sentimento, se a pessoa nunca tiver experimentado antes, pode muito bem passar despercebido, pois é muito mais suave, muito mais calmo, morno mesmo. Pra quem está acostumado com a paixão, parece mesmo que não sobrou nada e que é melhor terminar.


Pior, quando a paixão acaba, é comum rolar um certo “nojinho” da outra pessoa, sabe? Uma vontade de ficar longe, de terminar por qualquer motivo... tudo no outro parece errado nessa hora, até coisas que antes você adorava! É complicado manter a cabeça no lugar e insistir no relacionamento nesse estado, requer ou covardia de terminar (nesse caso, ser covarde é uma sorte!) ou muita coragem de ver o que há depois da curva, além de equilíbrio. Experiências anteriores ajudam a perceber que não se trata de a outra pessoa, de repente, ter ficado toda errada, mas de algo dentro de você estar mudando e que é melhor não fazer nada até ver no que isso vai dar.

Se você conseguir não terminar fica mais fácil de ver, depois que isso passa, que você ama a outra pessoa, só precisa se acostumar, agora, a perceber esse sentimento, que é muito mais “leve”. Ainda bem também, imagina sentir a falta da outra pessoa como uma mão apertando seu peito toda vez que ela está longe se, agora, vocês estão casados e precisam trabalhar? Depois de certo tempo de relacionamento, é normal casar, construir uma família, etc, etc. Nem sempre o fim da paixão coincide com isso, claro, mas imagine sentir a intensidade das coisas como na paixão dentro de uma rotina de casados, com bem menos tempo para aproveitar juntos e muito mais responsabilidades? Não ia dar certo, os dois iam acabar fugindo pra virar hippies só pra poder satisfazer a necessidade de estar perto que a paixão impõe! É óbvio que nem todo mundo sente essa falta absurda, essa carência toda, mesmo estando apaixonado, mas que é bem mais intenso do que o amor, isso é fato! O que não impede pessoas que se amam de se apaixonar uma pela outra várias e várias vezes, gerando os famosos altos e baixos de um casamento (no sentido emocional da coisa, apenas). Às vezes se ama mais, às vezes se ama menos (melhor seria dizer ‘às vezes estão apaixonados, às vezes não’), às vezes você não quer ver o outro nem pintado de ouro depois da merda que ele fez, mas o amor está sempre lá, permeando tudo. Às vezes percebe-se mais o amor, outras percebe-se menos também (nessas horas que a experiência e o “peso” do relacionamento fazem diferença, pois ninguém acaba um casamento porque não gosta hoje do mesmo jeito que gostava ontem e é esse “freio” que permite a pessoa pensar melhor e tomar consciência de que, mesmo quando parece não haver nada sabe-se - mais do que sente-se - que ainda há o amor, por mais que não se sinta isso da mesma forma todos os dias, o que impede que muitos casais se separem, quando é o caso de ser apenas este o problema – vale acrescentar que, depois do período de “crise sentimental” voltam ambos a ser felizes e não conseguem imaginar como puderam cogitar viver sem o outro do lado).

Quando termina é mais complicado, você combate a percepção do amor como se fosse uma recaída à paixão antiga, rejeita qualquer pedacinho de sentimento que consegue perceber pra não sofrer e demora muito mais a se tocar do que realmente houve, ainda mais que você “percebeu” várias coisas erradas na outra pessoa (essa coisa do “nojinho”) e ficou pensando também como não seria muito mais fácil namorar alguém loiro, alto, de olhos azuis, rico e que mora no andar acima do seu ao invés daquele cara normal, que não deixa suas amigas morrendo de inveja (sim, é muito mais fácil namorar quando você não precisa “defender” o seu namorado – que pode não ser um Brad Pitt pros outros mas é o Robert Pattinson pra você – do que quando você precisa, constantemente, justificar sua escolha perante quem acha que você deveria estar com alguém muito “melhor”), é pobre e mora longe. Como se o amor fosse uma questão de conveniência! Rá! A gente é mesmo muito imbecil ás vezes... Não basta ser lindo, não basta trazer a mais pura e sublime felicidade, o amor ainda tem que estar dentro dos nossos padrões de praticidade e conveniência! Se não fosse tão trágico, se não trouxesse tantas mágoas, tantos mal entendidos, tantas pessoas tendo só metade da felicidade que poderiam ter nessa vida por terem passado pelo verdadeiro amor sem perceber, seria até cômico! Pena que eu não tenha o tipo de senso de humor pra apreciar...

Isso que digo sei por experiência própria (e “conjunta” XD). Comigo foi o primeiro caso, quase terminei mas decidi esperar a tormenta passar antes de tomar uma decisão (e olha que foi difícil até mesmo isso, até o beijo dele pra mim parecia “errado”), depois que fui ver a besteira que teria feito naquela ocasião! Quase me bati quando percebi o que realmente sentia, e o mais incrível é não ter nem desconfiado antes, na fase do “nojinho”! Eu poderia jurar que não sentia nada e que só continuava com ele pra não magoar uma pessoa muito legal (isso porque só conseguia pensar em coisas horríveis pra dizer na hora de terminar e sabia – pelo menos isso eu ainda sabia – que ele não merecia isso, de forma que decidi esperar até me acalmar pra terminar de uma forma tranqüila e não-traumática pra ele) e quem “se salvou” nessa fui eu mesma! Ah, ironia, ironia... Juntando isso com os namoros e casamentos de várias pessoas que conheço ou que ouvi contar por pessoas que conheceram, percebi que, quando chega ao ponto de terminar, leva muito mais tempo pra pessoa perceber o que realmente sente e mais tempo ainda pra aceitar isso. Fora o tempo que leva pra tomar uma atitude! Aí muita gente já está até velha, já até casou com outro (não foi tão feliz quando poderia ter sido, uma pena), tem filhos... Mas quando a atitude vem é certo de ficarem juntos, amor de verdade é um sentimento bem difícil de acabar! O ruim é a espera, é saber que poderia estar muito mais feliz naquele momento, mas que não pode ser assim naquela hora porque o outro é um tapado imbecil que não quer enxergar o que tá bem na frente do nariz (só falando assim!)! XD

Mas, não se preocupe! Cedo ou tarde vem a revelação! Ou o outro percebe que te ama e que é um idiota (XD) ou você é que percebe que não amava coisa nenhuma, que confundiu tudo, que ainda estava (apenas) apaixonada e que agora sim, esse cara novo que apareceu é que é o amor da sua vida de verdade! Acontece principalmente em Malhação isso! ;D"

Isso me fez ter vontade de reduzir a termo (tenho que parar de ir às aulas, tá fazendo mal pro meu palavreado ¬¬) o que "compilei" sobre 'atração x química x tesão x desejo', mas isso fica pra outro post, assim como a minha resenha de Tropa de Elite 2 - o que, achou que eu ia conseguir ficar sem escrever sobre isso? Rá! De jeito nenhum, já tive altas discussões sobre os temas do filme e todas são divertidíssimas, vale a pena postar! ;D

Em tempo: mudei o título pra Latim porque acho mais legal, só por isso. =D
Aproveito e colo uma frase de Hermann Hesse (aliás, deu vontade de ler Sidharta de novo) que tem tudo a ver com o que eu disse: "O amor é o desejo que se tornou sábio."
Com essa eu me despeço! ;***

Em tempo ²: aconselhei esse mesmo amigo a ir atrás da mulher que ele ama e pedí-la em casamento, pra mostrar que ele estava falando sério e que realmente a queria. Resultado: estão juntos de novo! Não chegou a rolar um joelho-no-chão-e-anel-de-brilhantes-na-mão, mas ele mostrou que era ela que ele queria pro resto da vida e deu certo! Tudo de bom pros dois!!!

Agora sim, está encerrado o post, com final feliz e tudo! *____*
Sim, eu sou uma tsundere!

Utilidade Pública 2

Mais um serviço de utilidade pública aqui no PoWHa Nenhuma, dessa vez, em matéria eleitoral!
Eu já tinha recebido esse e-mail antes mas nem tinha dado bola, maaaaaassssss, contudo, entretanto, todavia, como dessa vez foi meu chéfis que mandou, resolvi dar crédito ;P

Olha só este serviço do TSE. Muito bom.
Já dei fim nas tirinhas e tirei a Certidão de Quitação.
Você ainda guarda aquelas tirinhas de papel, para comprovar que votou nas últimas eleições?
Afinal de contas sem essa comprovação não dá para tirar Passaporte, CTPS, etc. não é mesmo?
Pois pode mandar suas tirinhas para reciclagem....
Basta apresentar a Certidão de Quitação Eleitoral, que não custa um centavo sequer e você mesmo imprime em sua casa.
Acesse o site abaixo e preencha com os dados que você encontra no seu Título de Eleitor:

http://www.tse.gov.br/internet/servicos_eleitor/quitacao_blank.htm

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Sim, eu sou preguiçosa e copiei&colei o e-mail todo! XD
 
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