10 de Novembro de 2006

"Quem se importa? Qual o problema? Que diferença faz? Nem ligo! Não tô nem aí! Nem queria mesmo! Eu tô bem. Tô ótima. Eu sempre estou. Nada me atinge. Nada me afeta. Eu sempre supero. Me acostumo. Me conformo. Nem queria mais mesmo.
Quer que eu mude? Vou mudar.
Quer que eu dê um jeito na minha vida? Vou dar. E vou fazer isso tão rápido que todo mundo vai ficar espantado. Tão bem, que não vai ter mais volta.
Se me tira o que eu tenho de mais importante, também te tiro algo. Pena que, para você, não tem o mesmo valor.
Mas eu nem vou estar aqui para ver mesmo, tanto faz...
Eu posso não saber o que quero, mas sei muito bem o que eu NÃO quero. Não quero isso, não quero que me pressione, não quero que me encha o saco!
Ontem eu lembrei, ia te perguntar, mas você não deixou eu lembrar de novo. Quantas pequenas mentiras você inventa? Não é de surpreender que eu acabe fazendo igual. O que pra você não faz a menor diferença, pra mim é crucial, e vice-versa. Mas se você nunca respeitou o meu ponto de vista, por quê eu deveria continuar fazendo isso por você?

Ótimo, agora ele também está mal. Por suas próprias razões, bem entendido. Agora mesmo que não falo nada e dou meu "jeito" sozinha. Mas não queria deixar ele assim! E se eu inventar alguma bobagem vai ser coisa demais de uma vez só. Vou esperar até ele estar bem de novo. Tomara que ele passe naquele concurso. Vai encontrar uma garota linda na cademia. Acho bom que ela o faça feliz. Qualquer coisa, apareço pra ele à noite. Ele nunca vai saber. Ele não pode carregar um peso desses, não é justo! Se eu quase não suportei como amiga, imagina ele como namorado/noivo? Ele não pode saber. Então eu realmente preciso inventar alguma coisa logo. De casa pra faculdade, da faculdade pro estágio e do estágio pra casa vai ser meio difícil arrumar alguma coisa verossímil. Mas eu dou um jeito. Ele é muito mais importante que tudo isso. Vai ser melhor pra ele, eu sei.

Dinheiro, dinheiro, dinheiro. É isso que eu sou? Uma cifra, um débito, alguns dígitos à mais na fatura do cartão de crédito? Minhas idéias não importam, importa que eu pague minha dívida. Não acho nada, não sei nada, não quero nada, dê logo o dinheiro e cale a boca. Eu quero explicações, eu exijo respeito, eu mereço carinho. Nada disso. Pague e suma da minha frente.
Sem osmose e som, somes.
Eu só precisava de afeto e compreensão.
Bom dia. Pra quem? Por quê?
Eu não devia ter aberto minha boca. Não devia ter acordado. Aliás, não devia nem ter nascido."

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Bom, isso É um blog, não é? Blogs costumam ser usados como diários virtuais, não? Tá certo que isso aí é meio antigo, mas hoje arrumando umas coisas aqui em casa dei de cara com uma folha de fichário escrita meio às pressas e era isso. Não é um texto lá muito feliz, mas aquele dia na varanda da biblioteca da faculdade também não foi nada feliz. Não lembro dos acontecimentos que deram origem a esse desabafo, mas com certeza minha mãe e o gênio doce dela estavam envolvidos. Resolvi postar aqui porque tem algo que me atrai nisso, sei lá. É triste, desesperado e tudo mais, mas gosto de como soa.
Bom, eu nunca disse que era normal, disse?
 
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